A Ludicidade e a expressão criativa presentes em teatro de bonecos, na abertura de perspectivas estéticas em discentes da educação básica



Referências
bibliográficas

FERRAIUOLI, Adriano de Almeida. A Ludicidade e a expressão criativa presentes em teatro de bonecos, na abertura de perspectivas estéticas em
discentes da educação básica. Anais do V ENLETRARTE, Campos dos Goytacazes, 2011. Disponível em: http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/enletrarte/article/view/2040. Acesso em: 10 out. 2012.

Breve resumo
O autor faz uma crítica ao sistema de ensino vigente a fim de salientar a necessidade de mudança nos métodos de trabalho.
Em seguida, conceitua criatividade, apontando-a como a principal característica do trabalho artístico e salienta a importância da valorização da experiência prévia do educando e a necessidade de aproximar o trabalho da realidade dos discentes e promover trocas entre eles num processo dialético de ensino-aprendizagem.
O autor apresenta, então, a definição de ludicidade como uma vivência de um estado de inteireza que deve ser condição fundamental no ensino para crianças e aponta o teatro de bonecos como alternativa de trabalho lúdico em sala de aula.
Ferraiuoli baseia-se em Vigostsky para afirmar que o jogo, o brincar, é uma via de aprendizado para  criança e que o teatro, a dramatização possibilita essa brincadeira.

Transcrições de citações mais importantes

“Assim, como desafio do presente trabalho teórico-prático, que estamos desenvolvendo através de uma pesquisa de pós- graduação, relacionada ao Programa do Mestrado em Cognição e Linguagem da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, vimos utilizando o teatro de bonecos como um instrumento potencializador da criatividade, ludicidade e das relações socioculturais de educandos, tendo em vista a necessidade de formação integral de sujeitos históricos, ressignificando suas experiências de forma crítica, estética e criativa.” (p. 2)

“As vivências em teatro de bonecos como uma proposta pedagógica poderá estabelecer uma relação mediadora entre os alunos e o pesquisador, na medida em que o pesquisador no desenvolvimento da pesquisa, direcione as atividades de forma a estabelecer um exercício dialético entre o conhecimento que detém e o que as crianças trazem de seu universo sociocultural.” (p. 10)

“Assim, cabe ao pesquisador propiciar nas vivências em teatro de bonecos
uma “materialidade da ação”, que busque a interatividade, objetivando a promoção da integração, do sentimento de pertença, de trocas, da crítica e da autocrítica, de discussões temáticas e de elaborações colaborativas, como: exploração, experimentação e descoberta entre as crianças (SILVA, 2010, p.206).” (p. 12)

“Desta forma, as vivências em teatro de bonecos, podem vir a representar
uma possibilidade de aplicação de práticas pedagógicas lúdicas, que busquem a espontaneidade, a alegria, a autonomia e a liberdade associadas diretamente ao desenvolvimento da criatividade nas crianças.” (p. 12)

“A atividade expressiva em teatro de bonecos utilizará como uma de suas ferramentas didáticas o boneco, um fantoche, criado e confeccionado artesanalmente pelas próprias crianças. Pretende-se que o participante, ao criar, confeccionar e manipular os bonecos para participação nas vivências de teatro de bonecos, possa estar em contato direto com o ato de brincar, possivelmente, desenvolvendo sua criatividade através da ludicidade, além da oportunidade da interação com os seus colegas de turma.” (p. 13)

“A partir da constatação dos primeiros resultados da pesquisa que já foram
coletados, encontramos no processo das vivências em teatro de bonecos um espaço de criatividade e de ludicidade a partir de um entrelace das relações na busca de soluções criativas pela consciência do corpo em ação intencional com o meio. O teatro de bonecos se revela como uma linguagem estética, que utiliza do corpo, da voz, da criação plástica e corporal, da expressão lúdica e poder criativo do corpo. Apresentando-se como um recurso didático para a Educação e para o Ensino da Arte capaz de favorecer significativamente no desenvolvimento da criatividade, da ludicidade e das interações socioculturais das crianças participantes do projeto.” (p. 16)

Comentário pessoal

Senti falta de exemplos práticos da utilização de bonecos em sala de aula  e da exposição dos resultados da pesquisa prática, que devem ser dados disponíveis para o autor, uma vez que ele próprio, na introdução informa que a sua pesquisa é de caráter teórico-prático.

Utilização de materialidades no processo criativo


 Bonecos – fantoches criados e confeccionados pelos alunos


Referências utilizadas pelo autor e aqui citadas:

SILVA, M. Sala de Aula Interativa. São Paulo: Loyola, 2010.